Arquivo do mês: março 2011

soap #24 Sal rosa do Himalaia • 3

Este é o terceiro lote do sabonete Sal Rosa do Himalaia, um super hit da SACHI cosméticos naturais. É realmente um sabonete especial, com grande poder de limpeza profunda dos poros e desintoxicação. Ele age também como um leve peeling, deixando a pele muito macia depois do banho.

O aroma dele é super refrescante, uma sinergia de óleos essenciais de olíbano, alecrim e hortelã-pimenta.

Embora o sal possa parecer agressivo para ser usado na pele, o sabonete feito com sal é muito benéfico, por incrível que pareça. Ele desintoxica e elimina as impurezas e as células mortas da superfície da pele, deixando-a mais transparente e macia. O sal tem uma ação bactericida e isso ajuda também a combater as indesejáveis espinhas e cravos. Ele também ativa a circulação, por isso deve também ser um ótimo aliado no tratamento contra a celulite. Uma massagem no banho com o sabonete de sal deve ajudar. A manteiga de muru-muru ajuda a deixar o sabonete ainda mais hidratante.

Produção: 25/01/2011

Liberado: 23/02/2011

Ingredientes

  1. óleo de babaçu orgânico
  2. óleo de palma orgânico e kosher
  3. azeite de oliva extra virgem
  4. óleo de rícino
  5. manteiga de muru muru
  6. sal rosa do Himalaia
  7. água desmineralizada
  8. NaOH
  9. OE hortelã pimenta
  10. OE alecrim da horta QT3
  11. OE olíbano

Dessa vez eu usei um sal rosa do Himalaia já moído, diferentemente dos outros dois primeiros lotes onde comprei o sal grosso e eu mesma moí. Não sei se foi pelo sal comercializado moído ser mais fino e derreteu na massa do sabonete, mas ele dessa vez ficou um pouquinho mais amarelado do que os anteriores que eram bem branquinhos.

Mas continua o mesmo sabonete no uso. Ele já passou pelo seu período de secagem e maturação, ficou na loja por um tempo, mas já esgotou! Hoje mesmo eu fiz um outro lote para alcançar a demanda, mas fica pronto só daqui a um mês. Obrigada por aguardar 🙂

soap #40 Argila Verde

Essa é uma versão um pouco modificada do sabonete Argila Verde & Aloe Vera. Mantive a argila, os óleos de base e o aroma de litsea cubeba e eucalipto. Dessa vez, não entraram o aloe vera nem o óleo de copaíba como super fat.

A argila verde contém valiosos minerais como magnésio, cálcio, potássio, manganês, fósforo, zinco, alumínio, silicone, cobre, selênio, cobalto e molibdênio. Já devo ter falado um milhão de vezes aqui, mas eu sou fã de argilas e faço semanalmente máscaras de tratamento no rosto com diversas argilas, misturadas com yogurt, frutas, águas florais, óleos essenciais, etc. A pele realmente agradece, fica super macia! Além disso, tira aquele ar de pele cansada e melhora até as olheiras!

Os sabonetes de argila fazem bastante sucesso. O de argila verde, em específico, é excelente no tratamento de peles oleosas e acnéicas por causa de sua grande capacidade de absorção da oleosidade. Regula a produção sebácea, desintoxica e limpa profundamente a pele, agindo como um leve peeling natural.

Produção: 23/01/2011

Liberado: 21/02/2011

Ingredientes

  1. azeite de oliva extra virgem
  2. óleo de babaçu orgânico
  3. óleo de palma orgânico e kosher
  4. água destilada
  5. NaOH
  6. argila verde
  7. OE litsea cubeba
  8. OE eucalipto globulus
  9. oleoresina de alecrim

as infusões de março

Com frequência eu faço infusões de ervas em óleo para posteriormente usar na produção de sabonetes. Fiz recentemente essas três.

Infusão de chá verde orgânico em azeite de oliva extra virgem

  1. chá verde (ban-chá) orgânico | 56 g
  2. azeite de oliva extra virgem | 610 g

Infusão de erva doce em azeite de oliva extra virgem

  1. sementes de erva doce | 55 g
  2. azeite de oliva extra virgem | 500 g

Infusão de camomila no azeite de oliva extra virgem

  1. camomila desidratada | 52 g
  2. azeite de oliva extra virgem | 655 g

Agora é só esperar 2 semanas ou mais, chacoalhando os vidros uma vez por dia, e estão prontas as infusões para serem utilizadas no sabonete. As propriedades lipossolúveis das ervas transferem-se para o azeite e assim teremos sabonetes terapêuticos com as ações das respectivas ervas. Não é ótimo?

soap #39 Bacuri BIO

A manteiga de bacuri é extraída da semente de uma das frutas mais populares da região amazônica. O bacurizeiro é uma árvore grande que pode atingir mais de 30 m de altura. Eu nunca provei, mas li que sua fruta, pouco maior que uma laranja, contem uma polpa agridoce rica em potássio, fósforo e cálcio, que é consumida in natura ou utilizada na produção de doces, sorvetes, sucos, etc. Sua casca também é aproveitada na culinária regional e a mangeiga extraída de suas sementes é usada como anti-inflamatório e cicatrizante na medicina popular. Os antigos eram muito sábios mesmo, aprenderam a aproveitar a planta inteira e aposto que faziam isso de forma sustentável.

bacurizeiro

bacuri

A manteiga de bacuri no sabonete, além de ser hidratante, é muito eficaz no tratamento contra acne e espinhas graças à sua ação anti-inflamatória e cicatrizante. A minha é da Naturais da Amazônia, que me fornece excelentes óleos e manteigas vegetais orgânicos e extraídos a frio.

Essa manteiga tem um cheiro bastante forte, não sei nem como explicar como é. É bem intenso, um pouco parecido com cheiro de madeira, mas bem característico dela.

Ao misturar com o óleo de palma e derreter, formou-se uma camada espessa de espuma que não sumia.

Sempre que uso pela primeira vez um ingrediente novo, fico bem atenta como ele se comporta, porque podem acontecer algumas surpresas. Cada óleo atua de maneira distinta e reage de formas diferentes com os outros ingredientes. Essa é uma das partes mais legais de se fazer sabonetes, descobrir ingredientes novos e observar as suas características tão únicas.

A espuma continuou lá mesmo depois de misturar todos os óleos. Mas já acumulei experiência suficiente para imaginar que ao adicionar a lixívia ela iria desaparecer. E foi isso mesmo que aconteceu. Ficou uma bonita massa homogênea e lisa, com cor de madeira.

Com a manteiga de bacuri, a massa do sabonete atingiu com muita rapidez o trace. Não sei porque, mas com muitos dos óleos amazônicos como o óleo de andiroba, a manteiga de ucuúba, etc., acontece isso. É tão rápido que se não agir logo, a massa vai endurecendo cada vez mais e fica difícil de manipular. Olha como a massa fica bem mais espessa.

Para aromatizar o sabonete, eu usei apenas o óleo essencial de breu preto, uma madeira originária também da Amazônia. Não sei se é um aroma que agrada a todos, mas eu amo essa essência. É bem amadeirado e profundo, parecido com o olíbano, mas ainda mais intenso.

Quando desenformei 24 horas depois e cortei o sabonete, uma bela surpresa! Formou-se um desenho no interior. Gostei muito também da consistência do sabonete. Ficou bem mais duro que os outros. Logo vi que ia dar um ótimo sabonete e fiquei bastante curiosa para experimentar.

Produção: 15/01/2011

Liberado: 13/02/2011

Ingredientes

  1. manteiga de bacuri orgânico
  2. óleo de babaçu orgânico
  3. óleo de palma orgânico e kosher
  4. água desmineralizada
  5. NaOH
  6. OE breu preto

Agora ele já passou pelo seu período de secagem e maturação de 4 semanas e pode ser adquirido na loja. Experimentei e adorei! É um sabonete realmente especial e como ele é mais duro, é mais durável também. Tem uma espuma abundante e a pele fica super macia e bem tratada. Vou com certeza repetir essa receita. Ganhou um “BIO” no nome porque 100% dos óleos usados são orgânicos.

soap #33 Argila Rosa • 2

Segundo lote do sabonete Argila Rosa. Segui exatamente a mesma receita do primeiro lote, exceto pela fragrância.

Cada vez mais eu estou gostando de usar diferentes argilas para cuidar da minha pele. Toda semana eu faço uma ou duas máscaras de argila e é muito bom, além de também ser divertido ficar variando as argilas, os óleos essenciais que misturo e os líquidos para diluir a argila. Eu uso água de rosas, água de flor de laranjeira, yogurt ou infusão de ervas, depende do momento.

As argilas têm o poder de absorver e retirar as toxinas e contêm valiosos minerais (ferro, alumínio, silício, etc.) que deixam a nossa pele revitalizada, limpa e tonificada. Algumas tem um poder tensor que faz até um trabalho anti-flacidez.

A argila rosa é uma das mais suaves e é indicada para peles secas, delicadas e sensíveis. É um maravilhoso (e nada caro) tratamento anti-envelhecimento. E, é claro, um ótimo ingrediente para um sabonete.

Como no primeiro lote, incluí nesse sabonete um maravilhoso óleo amazônico muito benéfico para peles secas e cansadas. É o óleo de pracaxi. Ele é um poderoso cicatrizante dermatológico, auxilia na hidratação e na renovação celular.

O que mudei na fragrância foi muito pouco. Só acrescentei o óleo essencial de lavanda na mistura dos outros óleos essenciais de ho wood, gerânio africano e palmarosa. Ah, e o gerânio, usei o africano dessa vez, no lugar do gerânio da China do primeiro lote. O gerânio africano tem um aroma bem mais floral. Eu amo profundamente o aroma do ho wood. É uma essência extraída das folhas e galhos da árvore da cânfora. Tem um aroma amadeirado maravilhoso, parecido com o do pau rosa, mas mais profundo e é extremamente relaxante. Adoro pingar algumas gotas desse óleo essencial no meu difusor elétrico na hora de dormir.

Produção: 14/01/2011

Liberado: 12/02/2011

Ingredientes

  1. azeite de oliva extra virgem
  2. óleo de pracaxi orgânico
  3. óleo de rícino
  4. óleo de babaçu orgânico
  5. óleo de palma orgânico e kosher
  6. água desmineralizada
  7. NaOH
  8. argila rosa
  9. OE ho wood
  10. OE palmarosa
  11. OE gerânio africano
  12. OE lavanda
  13. oleoresina de alecrim

Este sabonete já passou pelo seu período de maturação e pode ser comprado aqui.

soap #32 Cacau • 2

Essa é uma segunda versão do sabonete Cacau. Eu quis mudar um pouco da primeira versão e fazer um sabonete bicolor, em duas camadas retas, mas a massa de baixo ainda não estava dura o suficiente quando derramei a camada de cima e ficou assim, com um desenho ondulado. Foi sem querer, mas até que não ficou ruim.

Usei o mesmo cacau em pó orgânico da outra vez, o da EcoTree que comprei no Santa Luzia.

Produção: 11/01/2011

Liberado: 09/02/2011

Ingredientes

  1. azeite de oliva extra virgem
  2. manteiga de cacau
  3. óleo de babaçu orgânico
  4. óleo de palma orgânico e kosher
  5. água desmineralizada
  6. NaOH
  7. cacau em pó orgânico
  8. OE cedro do Himalaia
  9. OE cedro do Texas
  10. OE junípero
  11. OE laranja doce

Para esse sabonete, criei uma embalagem diferente dos outros. É o primeiro da série Art Nouveau.

Estou muuuuito atrasada nos posts… esse sabonete já passou pelo seu período de maturação, já foi para a loja e já esgotou!

Produtos da SACHI à venda no Prema Yoga

Agora alguns produtos da SACHI podem ser encontrados na loja do PREMA Yoga, Dança Indiana e Alimentação Natural, uma escola de yoga e restaurante de alimentação natural. É lá que eu pratico hatha yoga duas vezes por semana. Se alguém estiver procurando uma escola de yoga na região da Paulista, eu super recomendo!

Você pode encontrar lá no Prema, alguns dos meus óleos corporais aromáticos e aromasprays de ambiente. Fica na Rua Maria Figueiredo, 189s (metrô Brigadeiro) e o nº de telefone é (11) 3283 0884.

Dia Internacional da Mulher

Para comemorar o Dia Internacional da Mulher, estarei presenteando uma manteiga emoliente para as mãos e o corpo Cupuaçu com o aroma delicado de Sândalo & Palmarosa para os clientes que fizerem uma compra acima de R$150,00 em produtos* na SACHI durante todo o mês de março. (*para compras acima de R$150,00 em uma única vez e não inclui o valor do frete. o aroma pode ser substituído por um outro conforme a disponibilidade da matéria prima.)

Uma manteiga para as mãos e o corpo para recuperar a maciez da sua pele. Ela é feita com manteiga de cupuaçu orgânica, extraída a frio da semente da fruta amazônica, altamente nutritiva e hidratante. Sua grande capacidade de absorção de água devolve a umidade natural e a elasticidade da pele, revitalizando-a. Indicada para peles secas, cansadas ou queimadas pelo sol. Ideal para a pele ressecada pelo clima frio também.

A fragrância foi criada com puros óleos essenciais naturais extraídos de plantas, como em todos os produtos da SACHI.

Sugestões de uso: nas mãos, nos cotovelos, nos pés e em qualquer outra área com ressecamento.

Ilhéus, a terra do cacau | parte 3

Na sexta-feira, meu terceiro dia em Ilhéus, acordamos novamente bem cedo para ir à fazenda de cacau Leão de Ouro. Pedro e Lúcia tinham muito a percorrer com a equipe para conferir seus cacaueiros. Pedro e eu fizemos o percurso de burro 😀 No caso, como a minha era fêmea, seria uma mula na verdade. Lúcia, mais disposta e incansável, foi a pé.

me deram uma mula chamada Amarelinha 🙂

Revivendo um pouquinho a época que eu praticava equitação, há muuuuito tempo atrás 😀

o burro do Pedro tem pedigree, foi até comprado em leilão!

a Amarelinha é linda e doce

Quando a gente anda nas costas de um animal, a gente acaba se apegando bastante! A Amarelinha é muito fofa 🙂

O Pedro explicou que para percorrer uma fazenda de cacau, o burro é a melhor opção. Por ser toda cheia de árvores, pedras, subidas e descidas, uma máquina não entra de jeito nenhum dentro de uma cabruca. O cavalo também não consegue percorrer muito bem terrenos tão acidentados quanto esses, pois eles costumam escorregar com facilidade. O burro, que é mais baixinho e menos delicado que um cavalo, e ainda ajudado pela sua inteligência, consegue se enfiar por toda a parte, sem grandes problemas. Diz o Pedro que de burro, o burro não tem nada! Aparentemente, o trabalho nas plantações de cacau em Ilhéus nunca vai sofrer a intervenção de máquinas, contanto que continuem com o sistema cabruca. Continuará sempre a ser feito com mãos e pés humanos ajudados pelos burros, como deve ter sido desde o começo dessa cultura.

percorrendo a cabruca com a Amarelinha

uma imagem típica de uma cabruca, com diversas árvores nativas altas fazendo meia-sombra nos cacaueiros, que são esses pés com folhas alongadas na parte de baixo da foto

Pedro, Lúcia e seu técnico Neto observando e discutindo todos os detalhes da plantação

um viveiro de mudas de cacau

imagem digna de um filme 🙂

Retornando do percurso matinal pelas plantações, tivemos novamente um super almoço caseiro maravilhoso com palmito pupunha colhido no dia assado com azeite e orégano, hmmmmmmmmm! Outra iguaria do menu foi a moqueca de siri catado. Tudo muito bom! A sobremesa era uma fruta tão linda chamada pinha, parecida com a fruta-do-conde, mas diferente. Em São Paulo, algumas pessoas chamam a fruta-do-conde de pinha, mas essa pinha é amarela por fora e a parte interna é menos dividida em gomos.

a pinha, prima da fruta-do-conde

a pinha aberta

Antes de deixar a fazenda, passamos pela parte da secagem ao sol das amêndoas de cacau para eu conhecer.

amêndoas de cacau secando ao sol

Esse também é o método mais antigo para essa finalidade, mas provavelmente o mais eficaz. O sol é imbatível na sua função de secar lentamente um alimento. Na verdade, ele não apenas está secando o alimento em questão, mas também energizando-o e vitalizando-o com o seu grande poder inimitável.

Lúcia e eu no meio das amêndoas de cacau secando ao sol

Lúcia e eu carregando nas mãos as amêndoas de cacau

amêndoas de cacau fermentadas e secas ao sol

Mais tarde nesse dia, ao visitar um terreno da região, conhecemos um jeguinho apaixonante!

o encontro com o jeguinho...

a aproximação...

que fofo!

na hora de ir embora, ele ficou olhando pra gente...

e veio até o portão se despedir! muito lindo...

por-do-sol na cidade de Ilhéus

por-do-sol na minha úlitma noite na cidade de Ilhéus

No dia seguinte de manhã bem cedo, me despedi dos meus incríveis anfitriões Pedro e Lúcia, aluguei um carro e fui até Barra Grande passar o fim de semana, para fazer uma coisa que eu estava querendo há tempos; NADA. Fiz exatamente isso durante dois dias, numa pousada à beira da praia de Taipu de Fora, só eu e meus dois livros. Voltei para São Paulo “conhecedora” de cacau e ainda por cima descansada e renovada!

Praia de Taipu de Fora, Barra Grande

o lugar era repleto de coqueiros, mas na pousada não tinha água de coco, achei engraçado!

meu quartinho

fim de tarde

a estrada de volta para Ilhéus é só uma parte assim, de terra. o resto é de asfalto de muito boa qualidade!

saí da pousada bem cedo, as 6 da manhã para pegar o avião em Ilhéus a tempo

a paisagem no caminho é deslumbrante!

Assim terminou minha viagem à Ilhéus, com a esperança de poder voltar em breve. Adorei aprender sobre o cacau, amei conhecer os meus anfitriões e sua fazenda e me maravilhei com a paisagem daquela região. Obrigada!