Faz muuuuito tempo que eu não escrevo um post sobre produção de sabonete! O último foi este sobre o sabonete Erva-doce, que escrevi no dia 28 de outubro do ano passado! E ainda por cima era sobre um sabonete que tinha feito em junho. Assim não dá né? 😀 Vou tirar o meu atraso, mas agora vou privilegiar o fator “tempo real” e postar a produção do dia ou pelo menos da semana. Ficarão várias produções sem registro, mas tudo bem. Quem sabe eu posto ainda sobre eles aos poucos.
Então, hoje é sobre o sabonete que desenformei ontem, o Chá Verde. Este é o quinto lote que faço dele. Ele é bicolor e feito em duas camadas. A base é uma massa feita com uma infusão de chá verde no azeite de oliva que ficou em maceração durante meses e óleos de palma e de palmiste. Para a segunda camada, foi acrescentado o óleo de abacate para dar uma cor verde mais escura.
A fragrância desse sabonete foi criada com uma sinergia de óleos essenciais de limão siciliano, eucalipto globulus e ho wood. Mudei um pouco em relação à última versão, que privilegiava o gengibre. Mas como ele é bastante aquecedor e ainda estamos numa estação meio quente, decidi trocar.
Depois de saponificar a massa base e acrescentar os óleos essenciais, eu coloquei metade (mais ou menos) da quantidade dela nos moldes, que foram colocados dentro da caixa de isopor para manter a temperatura e endurecer.
Precisa esperar um tempo para a primeira camada dar uma endurecida antes de jogar a segunda camada por cima, se não, as camadas se misturam, o que as vezes dá um efeito bonito também, com linhas curvas. Mas aqui nesse caso, eu optei pela linha reta.
Enquanto eu espero, preparo a segunda camada. É só fazer um super fat (óleo acrescido no final do processo) com o óleo de abacate, que tem uma cor verde escura linda. Além de dar cor, isso dará um fator extra hidratação ao sabonete.
Fica assim, com essa cor e aspecto de vitamina de abacate com leite 🙂
Quando me certifiquei de que a primeira camada já estava dura o suficiente, joguei a massa “vitamina de abacate” por cima.
Agora esses moldes ficam 36 horas dentro da caixa de isopor, no escuro e quentinho, para endurecer mais e completar o processo de saponificação.
Dá trabalho, mas quando vejo o resultado, fico feliz em ter feito!
E assim dá para fazer sabonetes em várias camadas, para quem tem paciência. Para mim, o máximo que fiz até hoje foram duas. Quem sabe um dia encaro o desafio de fazer um sabonete multicamadas?
As vezes os blocos ficam com cantos muito pontudos e eu dou uma raspada para dar uma suavizada nas arestas. Mas não tenho coragem de jogar nada fora! Até os fiapinhos de sabão que saem dessas raspadas, eu junto tudo e faço uma bolinha! E assim tenho um mini sabonete de chá verde pra eu usar no lavabo 🙂